O Fugitivo
- Fundação AMORE

- 1 de mai. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de set. de 2019
Uma reflexão sobre a intolerância , como lidamos com ela e as fugas que fazemos de nossas próprias prisões.
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A vida deve ser feita de austeridade, não de indulgências. Viver uma vida dedicada à satisfazer desejos lhe levará apenas para um lugar: Ao sofrimento.
Desejos não são apenas o que se quer adquirir, mas também aquilo que se quer controlar. Controle leva a erros e fracassos. Pondere sobre por ter consciência ao invés de controle.
Seus erros serão sempre em nome do prazer, e ao se ver sofrendo você dará indulgência ao seus erros, justificando que você só estava fazendo o que tinha de fazer. Estava apenas vivendo e que o mundo é assim. Afinal, o que de diferente poderia se feito? Como mudar a sociedade? Como mudar a fé que me deram? Como não fazer o que esperam de mim? Como não mostrar minha importância aos outros?
De indulgência em indulgência, a cada tentativa de criar propósito à sua vida, você se descobrirá em um ciclo de sofrimento sem fim. Um carrossel de ilusões e de sofrimentos que gira tão rápido, que quando você dele sair descobrirá, com alívio e pesar, como você estava atordoado.
Tudo pelo seu Ego, pelo engano no uso dessa ferramenta de Deus, que dá à você a oportunidade de enxergar aquilo que lhe desperta intolerância - essa mazela espiritual tão traiçoeira e que é a mãe de tantas outras - e usando teu ego apenas para despertar ainda mais intolerância sobre tudo que não é você ou não pensa como você, voce sofre. Se identifica e cai.
Palavras que lhe levariam a verdade e libertação são ouvidas como provocação, ações que as pessoas tomam porque são livres lhe causam rancor ou rivalidade, e assim, sentimentos comuns a mente, e que ao lhe se fazerem presentes deveriam lhe conduzir a auto-reflexão e autocrítica, ponderados sobre porque estão em ti e quais suas fontes, viram em ti antipatia e desprezo. Repudio e ira. Mas só de si mesmo.
Nada passa ao seus julgamentos e tudo e todos parecem agir para lhe confrontar. Lembre-se: ninguém julga a ninguém. Você julga a si próprio pois você só vê o que existe em seu mundo.
A liberdade do outro em sua total forma deve ser vista como um tesouro a ser preservado e guardado, e não algo a ser desprezado ou pilhado. A liberdade do outro deve ser motivo de alegria pois assim deveria ser o mundo de todos: Livre.
Observe a liberdade do outro e você descobrirá o quão preso estás, o quão acorrentado a ilusões você se encontra e como se está apegados a uma identidade que não se é.
Ao escolher esse modelo de viver todas as infelicidades parecem ser suas, as dores do mundo serão suas, as angústias e os medos também, afinal, tudo parece existir apenas para lhe afetar nesse mundo de julgados e julgadores. Ilusões para justificar mais auto-indulgências novamente. O sofrer virou seu estilo de vida.
Mas o mundo material não é isso. Ele não é feito de inquisidores e julgados. Ele é feito de Deus, e logo, feito “de” e por você. Você decide se seu mundo será terrível ou um paraíso. Lamentos ou júbilos. Tristezas ou alegrias.
Escolha também qual Deus o governará. Um Deus raivoso, limitador e vingativo, de regras e liturgias penosas e vagas, ou um Deus de amor, luz e paz. E se isso lhe parece simples demais para ser verdade, acredite! É simples mesmo. Basta parar de se iludir em meio a tantas ilusões que você criou e perceber. Tente e você verá!
Na vida você não precisa ser nada. Precisa apenas ser. Seja o que você é por essência, e distribua sua luz ao seu mundo e ao mundo de todos que você puder. Você é amor, verdade e felicidade. Aja assim. Seja assim. Seja apenas você. Acredite. Bastará.
E será neste momento que você verá que toda fuga foi nula e foi um desnecessário sofrer, pois ela só existiu em seu mundo, e sendo assim, sempre coube a você dar fim à todo o seu pesar.
Pare de fugir! Não se pode fugir de si mesmo.
Bem-vindo à Verdade. Bem-vindo a você.






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