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A Liberdade

Liberte-se reconhecendo aquilo que você não é


Podcast: Caso prefira, ouça esta reflexão clicando na imagem abaixo.



A busca por si mesmo começa no fim.


No fim das certezas, no fim das dúvidas, pois o durante é um prêmio que se conquista apenas no éter da Paz.


A busca por si mesmo começa onde não existe razão. Começa onde só há verdades, e que a principio não se entenderá como uma libertação, pois a verdade liberta a mente da confusão que criou sobre si mesma.


De detalhe em detalhe, passo a passo, pouco a pouco, a dedicação ao se encontrar dará resultado. E isso precisará apenas de um instante, que longo tempo se levou para notar, pois aqui sempre esteve.


Algumas claras, outras nem tanto. Algumas serena, já outras confusas e dolorosas, mas a cada tentativa de encontrar a si mesmo, mais você se afastará de quem acha que é, esse personagem caricato, criado de tudo aquilo que lhe disseram que você deveria ser.


Até que um dia você começa a perguntar para esse personagem a razão de tudo que ele faz. E não haverá resposta. Só haverá mais reflexão.


Um dia você perguntará porque ele é tão carente, e ele não responderá. Você perguntará a razão de tanto medo, e ele não saberá também.


Um dia você perguntará sobre o porque de tanto esforço e sofrimento, e de novo, respostas não haverão de existir.


E as respostas não existirão não por não saber, mas por temer encarar o fato inevitável a tudo que existe: morrer - pois a morte é o término de a tudo poder experimentar, inclusive o existir.


Assim começa o caminhar, até o dia em que  após muita dedicação e atenção, após dissolver-se, livrando-se daquilo que você não é, e sua mente calma e clara como um espelho, irá parar de refletir apenas imagens que você deseja ver, e você verá apenas verdades libertadoras, belas e acolhedoras.


Um dia, você lúcido poderá perceber sutilezas que a confusão destrói, como perceber quem é o amor da vida de alguém, ao ver os olhos dessa pessoa brilhar como um Sol enquanto lembra deste alguém. E o susto não será sobre isso perceber. O susto será de ver com os próprios olhos à Deus, manifestado nesta outra versão de você, que de forma igual a ti, busca acreditar em si mesmo, mas na loucura, usando de um poder que tem e não sabe.


Um dia, você também poderá ver com a mente calma e tranquila, que você está liberto de seus pais e avós, e o susto não será deles não mais precisar, seja em corpo ou em emoções, mas sim, de realizar e manifestar a paz de permitir que eles também se libertem de ti, e então irá desejar libertar a seus filhos, seus amores, amigos e a todos que em você possuem ligações, de dependerem de ti em quaisquer formas que não sejam feitas de um puro e lindo Amor.


Assim como também um dia, verá e entenderá a beleza da inocência de uma criança e sua mente ainda vazia de medos e desejos. Em lucidez, poderá ver nisto Deus, em sua não forma e não necessidade, perfeito e inabalável, existindo onde nada é preciso, assim como o Mar, que apenas é, e sendo, se basta.  


Um dia, também irá perceber que tudo que faz, com e de seu corpo, é para que lhe aceitem, lhe acolham, e lhe façam existir, pois para a mente não basta criar, é preciso ver a criação em uso e aplicação constante, e assim, você também perceberá em susto, como disso também se está liberto e se verá absoluto no aqui e no agora, este lugar terrível para olhos que não querer ver e para ouvidos que não querer ouvir.


Um dia, seus pensamentos irão parar de tagarelar, e um silencio inominável e indescritível irá surgir, e então você entenderá do que falam aqueles que tentam descrever a paz.


Um dia, você também verá, com a calma e a tranqüilidade que somente em há em Deus, que você nada é, mas muitos já foi.


E assim, olhando à tudo que um dia você já foi, perceberá que a vida a qual você dedica tanta atenção, é apenas uma das infinitas ilusões que em a cada decisão que você tomou foi criada, abrindo em paralelo outras infinitas novas versões de ti, e que um dia se encontrarão, trazendo de volta ao seu “presente” tudo aquilo que você não resolveu como deveria ter feito.


Algumas de suas versões (ou vidas) serão leves como o Ar, outras serão densas como a dor, mas nunca nada será o que você se descobriu ser: O infinito tudo.


Neste dia, você verá tudo, absolutamente tudo dentro de ti morrer de forma tão sutil e etérea como surgiu, e como Cristo nos ensina sabiamente, perceberá que ao mesmo tempo que em você tudo morre, tudo em você também renasce, pois é renascendo que nos livramos das chagas e dores que abrimos em nosso coração, com nossa própria mente e desejos, escravizando-nos em versões de nós mesmo apenas por prazer e apego.


Renascerá então de ti algo tão lindo, forte e belo, que não há palavra que possa definir, pois é mais que Amor. É mais que lucidez.


Talvez em uma tentativa já fracassada em tentar explicar essa paz, podemos tenta-la definir com a palavra que mais significa, mas que pouco pode-se expressar com outras: Deus.


Será sua consciência, lúcida enfim, descansada em Deus.


Bem-vindo a verdade. Bem-vindo a você.

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